Promotor
Câmara Municipal de Setúbal
Breve Introdução
Quando tentamos perceber a dimensão do Universo, todos acabamos por nos sentir esmagados perante a incapacidade de compreender a nossa própria existência no planeta que habitamos. Planeta esse que ao mesmo tempo não passa ele próprio de um pequeno ponto azul perdido num gigantesco sistema solar. Contudo, conseguimos compreender que somos compostos de matéria, e que os átomos que nos dão forma têm origem em explosões de estrelas que ocorreram há muitos milhões de anos. Sabemos que somos parte da matéria que atravessou o espaço ao longo do tempo e se veio materializar pontualmente sob a forma de cada um de nós. E embora gostemos de pensar que somos únicos e especiais no Universo, a verdade é que 96% do nosso corpo é composto por Oxigénio, Carbono, Hidrogénio e Nitrogénio, quatro dos elementos químicos mais activos do Universo. Tal como refere Neil deGrasse Tyson “não somos especiais porque somos diferentes; somos especiais porque somos feitos do mesmo que o universo”.
Calligraphy, é assim uma homenagem ao grande Universo em que vivemos, e também à forma como ele tão caligraficamente inscreveu a nossa existência na sua própria existência, tornando-nos frutos ocasionais capazes de rir, chorar, sentir a poesia e imaginar o infinito durante breves momentos de respiração temporal. Sabendo-o ou não, sentindo-o ou não, a verdade é que somos parte da caligrafia do Universo.
Quando eu nasci,
ficou tudo como estava,
Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais...
- Sebastião da Gama
Ficha Artística
Vitor Joaquim: electrónica, electroacústica, direcção
João Silva: trompete
Ulrich Mitzlaff: violoncelo
Hugo Olim: live visuals